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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Erre mais!


A maioria das pessoas tem problemas de cometerem erros. Não posso negar que existem situações onde os erros devem ser evitados ao máximo, como por exemplo: quando um piloto pousa um avião, ou um médico faz uma cirurgia; em outras palavras, situações onde um erro tem grandes conseqüências. Porém, em situações onde, por exemplo, o aprendizado é o objetivo este princípio deveria ser invertido, errar mais é melhor, faz parte. Ainda assim, as pessoas continuam tendo aversão a errar.

Acredito que isso vem de formação, é uma coisa cultural. Na escola, ninguém quer ser a criança que erra a resposta. Ir responder uma questão no quadro ou apresentar um trabalho pode ser uma coisa aterrorizadora. E, não duvido que esse receio ainda aconteça com algumas pessoas na faculdade. A opção de ficar quieto parece melhor, você não acerta, mas pelos menos também não erra.

De certa forma, esta cultura limita a criatividade. Dar uma solução diferente para um problema, e correr o risco de estar errado, pode ser um opção subjugada em relação a uma solução “enlatada”. Assim, soluções ineficientes podem perdurar, pelo medo das pessoas de errar. Em muitas situações, tentar soluções diferentes pode não ser prático devido a outros fatores, que poderiam ser resumidos a poucos recursos (tempo, dinheiro, etc.).

Situações de aprendizado são os terrenos perfeitos onde os erros podem florescer. Você está aprendendo, esse é lugar pra errar. Onde você deve errar. Se você está aprendendo algo e não está errando, eu temo lhe dizer que você não está aprendendo você está estagnado. Se você acabou de aprender algo é muito provável que vá errar na hora de fazer, várias vezes. Mas depois de vários erros você aprende, você adquire algo novo e melhora.

No final, os que erram fazem a diferença e se destacam. Pra terminar um vídeo com um comercial da Nike, sobre Michael Jordan e os erros em sua carreira.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O paradoxo das pessoas “fodas”


Assistindo na web algumas palestras da RubyConf Brasil deste ano percebi que caras que eu já achava muito bons aparentemente estão muito melhores. Bem, isso acabou me causando um sentimento de: como tem coisas que ainda preciso aprender; e algumas reflexões sobre o que faz as pessoas serem muito boas.

Pensando sobre o assunto percebi um paradoxo. Caras muito bons estão ainda melhor porque estão evoluindo, se estão evoluindo é porque não estão satisfeitos com o que sabem. De certa forma, podemos dizer que eles não se acham tão bons assim. Além disso, existe a possibilidade da situação inversa. Uma pessoa que se acha boa, acaba não se preocupando em aprender, já que sabe, e no fim não apresenta nada de especial. A humildade parece ser uma característica que está relacionada com a qualidade das pessoas.

Para se tornar muito bom, se preocupar com as coisas que ainda não sabemos pode ser mais importante do que as coisas que já sabemos. Ter conhecimento dos nossos pontos fortes não nos faz melhores, porém conhecer os pontos falhos possibilita a melhora. E acreditar muito na própria qualidade pode acabar justamente maquiando estes pontos falhos, onde é possível melhorar.

No fim, o que define a qualidade de alguém não está tão relacionado com as habilidades e conhecimento que ele tem, mas sim com sua evolução. Saber que existe muito a aprender e correr atrás disso faz as pessoas "fodas".

terça-feira, 10 de maio de 2011

O que se faz em um laboratório de CG?

Voltando as atividades no blog, depois das provas de meio de semestre. Neste post vou tentar mudar a concepção de vocês do que se faz neste tal de mestrado. Digo isso porque eu mesmo me surpreendi.

Estou fazendo mestrado em computação seguindo a linha de computação gráfica. Então provavelmente o que se faz no laboratório onde trabalho/estudo e ficar fazendo aplicações em 3D ou coisas do gênero, certo? Alguém pode pensar que somos craques no photoshop ou similares. Digamos que fazemos alguma coisa do tipo “aplicação em 3D”, mas nada relacionado com photoshop.

Então o que fazemos? Bem, na época da matrícula eu achava que estava entrando na área da matemática, e depois de dois meses de aula estou quase acreditando =P. Agora muitos podem pensar que o mestrado é uma coisa muito acadêmica as pessoas ficam trabalhando com teoria enquanto o mundo vive na prática.

Bem, agora vem a mudança de concepção. Vou descrever um fato ocorrido algumas semanas atrás. Uma pessoa entra no laboratório com um projetor, então eu descubro que ela iria desmontar o aparelho para pegar os elementos óticos que estavam lá dentro. Depois de algumas horas e um projetor desmontado, dois alunos da pós começam a olhar os componentes e tentar identificar propriedades, neste momento eu ficando de boca aberta com o conhecimento de óptica dos caras. E também aprendi como funciona um projeto :)

Neste tempo que estou aqui já vi gente mexendo com dispositivos de interação diferentes, placas eletrônicas, dispositivos móveis e até fazendo xunxos com uma garrafa de refrigerante. Ciência. A questão aqui é resolver o problema, usando o que precisar indo da teoria matemática até meter a mão na massa com hardware.

Depois disso deixo algumas perguntas para reflexão. Você está tentando resolver um problema no seu dia-a-dia? Está tentando usar algo que você aprendeu, só pra usar mesmo que não faça sentido? Ou isso não importa desde que venha o salário no fim do mês?